Recepção na Mansão Lemesurier (02) - 17/05/05
Como era o esperado, os deveres de ontem chegaram aqui, lá pelas 18:30. Já completei tudo... História da Magia, Feitiços, Trato das criaturas mágicas... E inclusive de Transfiguração, que professor está substituindo McGonnagal?
Bom, mesmo assim, eu ainda tenho que continuar contando a vocês, como foi minha recepção:
Dentro da carruagem, nós ficamos em silêncio em quase todo tempo. Até que Fangs deitou a cabeça no colo de Lemesurier, com intenção, é claro, de receber carinho. Nessa hora eu não resisti, cai na risada. A cara de pavor que ele fez, vocês deviam ter visto!
Eu, então, chamei Fangs e para quebrar o gelo perguntei:
- Se o senhor tem medo de cachorros, imagina de lobisomens! - dei uma risada discreta. Ele ia dizer alguma coisa, mas interrompi. - Tudo bem, eu sei que o senhor prefere sem o senhor, mas não consigo... Vai ficar sendo senhor Lemesurier, O.k.?
- O.k., mas voltando ao assunto: Eu, assim como todos, suponho, tenho medo de lobisomens. Mas só quando estes estão transformados. - disse ele limpando a calça.
- Oh, é mesmo. - Para mim tinha ficado tão óbvio que lobisomem transformado ou não eram iguais, que tinha esquecido que para uma outra pessoa era diferente.
A carruagem estacionou em um vasto quintal, na frente dele, havia um portão, com um brasão. O brasão era muito bonito, feito em cobre, com as letras L e S na frente de um sol . O quintal tinha grama bem aparada, e um caminho de pedra se trifurcava, levando para a entrada da mansão, para o quintal do fundo e para uma clareira no meio de várias árvores, clareira essa que viria a ser o meu local preferido.
Jack estralou os dedos e pela porta da casa saiu um elfo doméstico.
- Ugli (Analogia com ugly? Imagina!)! Venha cá, pegue as coisas do nosso novo hóspede.
- Poooois sim, mestrrrrre! - O nome fazia por merecer, êta bichinho feio! E aquele sotaque, então? Não era francês, americano, alemão... Nem nada que eu tenha ouvido falar.
Seguidos por Ugli, nós entramos na casa. Linda! Um salão principal enorme... Piso todo de mármore, que se alternava entre preta e branca. A luminária imensa no teto, era de ouro puro, com pedras de diamante. Tapetes persas, mobílias da mais cara e linda madeira de lei que eu já tenha visto, estatuetas e quadros das mais diversas partes do mundo (com artigos bruxos e trouxas), eram só parte daquele magnífico salão de entrada. Acho que tive de me agachar para pegar meu queixo.Afundado numa poltrona azul, estava um jovem lendo um livro intitulado (Vocês acham que serve para quê a visão dos lobisomens?) "O uso das ervas mágicas na cura de doenças básicas", escrito por: John Goldenberg, diretor de dores chatas no S.t.Mungos.
- Ronald! Você ainda está aí? Desde que saí você está aí. OLHE PARA MIM QUANDO EU FALO COM VOCÊ! - O senhor Lemesurier berrou e se virou para mim - Desculpe, querido. Aposto que você escutava seus pais quando eles falavam.
- O quê pai? - disse Ronald de saco cheio.
- Este é Gabriel, aquele aluno de Hogwarts de quem falei. - Ronald se levantou num pulo, parecia bastante feliz por ter alguém para conversar sobre magia. Me cumprimentou com um toque de mão. Isso mesmo, toque, nada de aperto. (Graças a Deus alguém mais jovem!)
- E aí cara, como anda Hogwarts?
- Ugli! Lá para cima, no quarto de hóspedes! - Ordenou Jack. - Ronald não importune o garoto com esses papos. Vamos, Gabriel, suba para conhecer o quarto que te abrigará por bastante tempo.
Se ele soubesse que o que eu queria era falar sobre Hogwarts! Aquele velho já tava me cansando! Mas, como vi a cara desapontada de Ronald, pisquei para ele, indicando que depois voltava e falava sobre aquilo. Ah, esqueci de apresentar Ronald. Ele tinha cabelos curtos pretos e olhos castanhos. Era muito alto e magro, usava uma roupa toda branca.
Mas vamos lá... O corrimão da escada era dourado com sóis por todo canto (Será que aquele era o lugar mais adequado para um lobisomem?). E a escada era em espiral.Porém o melhor eu ainda não contei. A suíte de hóspedes era perfeita. Um carpete cinza claro me esperava, as paredes laterais e a que ficava atrás da cama eram brancas e a oposta a cama era preta. E que cama! Era uma cama de casal! Uma Tv estava pendurada no teto a minha frente (eu ainda não liguei essa TV. Coisas de bruxo). A luminária era prata. As mesas de cabeceira eram de madeira e pintadas de verde escuro. A escadinha que ligava o quarto ao banheiro era de prata também e com desenhos de lua.
- Eu pedi para Ronald lançar esse feitiço no quarto. - Pronto, o meu quarto seria minha casa.
(Continua...)
E o lobo disse... Gabriel Lupos Black
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